15/11/2016

Entenda detalhes da Santa Missa - Divisão e Posição do Corpo (Part. 1)


A DIVISÃO DA MISSA

A missa está dividida em quatro partes bem distintas:


  1. Ritos Iniciais:
    Comentário Introdutório à missa do dia, Canto de Abertura, Acolhida, Antífona de Entrada, Ato Penitencial, Hino de Louvor e Oração Coleta.
  2. Rito da palavra:
    Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao Evangelho, Proclamação do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da Comunidade.
  3. Rito Sacramental:
    1ª Parte - Oferendas: Canto/Procissão das Oferendas, Orai Irmãos e Irmãs, e Oração Sobre as Oferendas;
    2ª Parte - Oração Eucarística: Prefácio, Santo, Consagração e Louvor Final;
    3ª Parte - Comunhão: Pai Nosso, Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da Comunhão, Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
  4. Ritos Finais:
    Mensagem, Comunicados da Comunidade, Canto de Ação de Graças e Bênção Final.


POSIÇÕES DO CORPO



Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também "fala" através dos gestos e atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um louvor visível não só a Deus, mas também a todos os homens.
Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese, pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra que está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua vontade.
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.

  1. A missa é ação de graças
    A missa também pode ser chamada de eucaristia, ou seja, ação de graças. E a partir da passagem do servo de Abraão pudemos ter uma noção do que é uma oração eucarística ou de ação de graças. Pois bem, esta atitude de ação de graças recebe o nome de berakah em hebraico, que traduzindo-se para o grego originou três outras palavras: euloguia, que traduz-se por bendizer; eucharistia, que significa gratidão pelo dom recebido de graça; e exomologuia, que significa reconhecimento ou confissão.

    Diante da riqueza desses significados podemos nos perguntar: quem dá graças a quem? Ou melhor, dizendo, quem dá dons, quem dá bênçãos a quem? Diante dessa pergunta podemos perceber que Deus dá graças a si mesmo, uma vez que sendo uma comunidade perfeita, o Pai ama o Filho e se dá por ele e o Filho também se dá ao Pai, e deste amor surge o Espírito Santo. Por sua vez, Deus dá graças ao homem, uma vez que não se poupou nem de dar a si mesmo por nós e em resposta o homem dá graças a Deus, reconhecendo-se criatura e entregando-se ao amor de Deus. Ora, o homem também dá graças ao homem, através da doação ao próximo a exemplo de Deus. Também o homem dá graças à natureza, respeitando-a e tratando-a como criatura do mesmo Criador. O problema ecológico que atravessamos é, sobretudo, um problema eucarístico. A natureza também dá graças ao homem, se respeitada e amada. A natureza dá graças a Deus estando a serviço de seu criador a todo instante.

    A partir desta visão da ação de graças começamos a perceber que a Missa não se reduz apenas a uma cerimônia realizada nas Igrejas, ao contrário, a celebração da Eucaristia é a vivência da ação de Deus em nós, sobretudo através da libertação que Ele nos trouxe em seu Filho Jesus. Cristo é a verdadeira e definitiva libertação e aliança, levando à plenitude a libertação do povo judeu do Egito e a aliança realizada aos pés do monte Sinai.
  2. A missa é sacrifícioSacrifício é uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdócio, que do latim temos sacer-dos, o  dom sagrado . O dom sagrado do homem é a vida, pois esta vem de Deus. Por natureza o homem é um sacerdote. Perdeu esta condição por causa do pecado. Sacrifício, então, significa o que é feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta é dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condição de homem reconhece-se como criatura e se entrega totalmente ao Pai, não poupando nem sua própria vida. Jesus nesse momento está representando toda a humanidade. Através de sua morte na cruz dá a chance aos homens e às mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condição de sacerdotes e sacerdotisas.

    Com isso queremos tirar aquela visão negativa de que sacrifício é algo que representa a morte e a dor. Estas coisas são necessárias dentro do mistério da salvação, pois só assim o homem pode reconhecer sua fraqueza e sua condição de criatura.
  3. A Missa também é PáscoaA Páscoa foi a passagem da escravidão do Egito para a liberdade, bem como a aliança selada no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. E diante desses fatos o povo hebreu sempre celebrou essa passagem, através da Páscoa anual, das celebrações da Palavra aos sábados, na sinagoga e diariamente, antes de levantar-se e deitar-se, reconhecendo a experiência de Deus em suas vidas e louvando a Deus pelas experiências pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude de ação de graças, vivendo a todo instante a Páscoa em suas vidas.

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