RITOS INICIAIS
Instrução Geral ao Missal Romano, n.º 24:
“Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto é, cântico de entrada, saudação, ato penitencial, Senhor, Glória e oração da coleta, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação. Estes ritos têm por finalidade fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.
- Comentário InicialEste tem por fim introduzir os fiéis ao mistério celebrado. Sua posição correta seria após a saudação do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois iniciarmos qualquer atividade com ela.
- Canto de Entrada“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”(IGMR n.25)Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compõem o início da missa:a) O cantoDurante a missa, todas as músicas fazem parte de cada momento. Através da música participamos da missa cantando. A música não é simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebração: a música é também nossa forma de louvarmos a Deus. Daí a importância da participação de toda assembléia durante os cantos.
b) A procissãoO povo de Deus é um povo peregrino, que caminha rumo ao coração do Pai. Todas as procissões têm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.
c) O beijo no altarDurante a missa, o pão e o vinho são consagrados no altar, ou seja, é no altar que ocorre o mistério eucarístico. O presidente da celebração ao chegar beija o altar, que representa Cristo, em sinal de carinho e reverência por tão sublime lugar.Por incrível que possa parecer, o local mais importante de uma igreja é o altar, pois ao contrário do que muita gente pensa, as hóstias guardadas no sacrário nunca poderiam estar ali se não houvesse um altar para consagrá-las. - Saudação
a) Sinal da Cruz
O presidente da celebração e a assembléia recordam-se por que estão celebrando a missa. É, sobretudo pela graça de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se à gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santíssima Trindade.
b) Saudação
Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembléia se saúdam. O encontro eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus, mas também é encontro com os irmãos. - Ato Penitencial
Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo-Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para sermos purificados.
Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato penitencial. Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantando. - Hino de Louvor
Espécie de salmo composto pela Igreja, o glória é uma mistura de louvor e súplica, em que a assembléia congregada no Espírito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. É proclamado nos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebrações especiais, de caráter mais solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na íntegra. - Oração da Coleta
Encerra o rito de entrada e introduz a assembléia na celebração do dia.
“Após o convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembléia dá o seu assentimento com o ‘Amém’ final” (IGMR 32).
Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e finalidade.
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